XXXIII Semana do Tempo Comum, quinta-feira
Lc 19, 41-44
O Senhor chora sobre Jerusalém, porque lhe veio trazer a paz e foi por ela rejeitado. O que restou para a Cidade de Davi, senão a destruição, que lhe sobreveio poucas décadas mais tarde, no ano 70 da era cristã?
Mas Jerusalém pode ser a imagem de cada um de nós, de nossas almas e de nossos corações. Se Jesus nos visita - Ele, que é a verdadeira paz e a luz que ilumina todo homem - e O rejeitamos, não podemos ter paz e nossas vidas não podem senão aprofundar-se em trevas cada vez mais densas.
E o Senhor pode visitar-nos de diversas maneiras. Algumas vezes, pela alegria. Frequentemente, pela dor, pois Deus corrige e repreende aqueles que ama. Sempre, de modo surpreendente, da forma que não O esperamos.
Cumpre-nos compreender que, se Deus nos visita, seja pela alegria, seja pela dor, é porque somos Seus filhos prediletos. Se nos visita com a cruz, é porque nos ama muitíssimo, uma vez que nos faz semelhantes a Ele naquilo que padeceu por nós.
A cruz deve ser, para nós, motivo de alegria, pois, por meio dela, somos tratados por Deus Pai como Ele mesmo tratou o Filho muitíssimo amado, em quem pôs toda a Sua afeição. A cruz é, sempre, sinal do amor de Deus.
Sejamos, portanto, a imagem de Jerusalém. Mas não daquela terrestre, que rejeitou o Senhor e foi destruída. E, sim, da Jerusalém celeste, que vem do Céu cheia de alegria, enfeitada com joias para seu Esposo, sem ruga e sem mancha, resplandescente de beleza. Assim possa o Senhor encontrar as nossas almas, no tempo em que nos visitar.