quinta-feira, 18 de março de 2010

IV Semana do Tempo da Quaresma, quinta-feira – Jo 5, 31-47

Examinai as Escrituras: (...) são elas que dão testemunho de mim.

Todo o Antigo Testamento (a Lei, os Salmos, os escritos dos Profetas de Israel) fala, desde o primeiro até o último livro, sobre a promessa de salvação, sobre o Messias que deveria vir.

E Jesus Cristo, Filho de Deus, enviado como Salvador para a redenção de toda a humanidade, cumpre integralmente as Escrituras, revelando-se, assim, como o esperado das nações, o Messias prometido por Deus.

Se tivermos o coração e a mente abertos e dispostos ao que o Senhor quer nos comunicar, ao abrirmos e lermos as Escrituras (o Antigo e o Novo Testamentos), certamente dar-nos-emos conta de que ali está a Vida. Mas, tristemente, diz o Senhor hoje a todos nós: "vós não quereis vir a mim, para terdes a vida".

Ele nos exorta, hoje, a crermos no testemunho de Suas obras. O Pai não abandonou o Filho ao enviá-lO a nós; pelo contrário, garantiu a Sua pregação, o Seu ensinamento, pelas obras que o Filho realizou, nas quais é o Pai quem dá testemunho do Filho. Se crermos, teremos a Vida.

Busquemos as Escrituras para conhecermos a Verdade.

Ainda há tempo. Sempre há tempo. Recebemos do Senhor a dádiva de vivermos mais um Tempo de Quaresma, que já se aproxima do fim. Em breve, celebraremos com júbilo a Páscoa do Senhor. Mas ainda temos tempo de participar com alegria da grande festa, do grande banquete nupcial do Cordeiro! Ainda há tempo de perscrutar as Escrituras e ver nelas o testemunho de Jesus Cristo, Senhor e Salvador! Ainda podemos vestir o traje de festa e nos colocar à mesa com alegria!

sexta-feira, 12 de março de 2010

III Semana do Tempo da Quaresma, sexta-feira – Mc 12, 28-34

O amor é o resumo da Lei de Deus. Quem ama a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e com todas as forças e ama ao próximo como a si mesmo, esse cumpre todos os mandamentos da Lei de Deus.

"Ama e faze o que queres", dizia Santo Agostinho. Pois quem ama procura fazer unicamente o que agrada ao amado, evitando tudo aquilo que lhe desagrada, magoa ou ofende. E quem ama a Deus não busca senão cumprir a Sua Vontade, que é, dizendo de outra forma, fazer o que Lhe agrada, a Ele, o Amado.

A Lei do Amor é a Lei da Liberdade. Ninguém ama se não escolher livremente amar e ninguém pode ser mais livre do que aquele que ama de verdade.

Amar é buscar sempre e em tudo o bem e a felicidade do amado. Quando o Amado é Deus, porém, não podemos nós, os homens, acrescentar-Lhe bem ou felicidade em grau maior, pois Ele já os possui perfeita e infinitamente, sendo Deus mesmo o Bem e a Felicidade. Nesse caso, o amor significará querer sempre e somente o que Deus quer e, por isso, fazer sempre e somente o que Lhe agrada.

Por isso se pode dizer que quem ama a Deus e ao próximo cumpre todos os mandamentos. E nisto é que se verdadeiramente se satisfaz e se plenifica o coração do homem.

sexta-feira, 5 de março de 2010

II Semana do Tempo da Quaresma, sexta-feira – Mt 21, 33-43.45-46


Se na vinha do Senhor podemos ver a Igreja, como dizia São Bernardo de Claraval (ver o texto que segue), também podemos ver a nós mesmos.
Nós somos os trabalhadores do Senhor, a quem foi confiada a vinha de nossas vidas. Devemos cuidá-la e cultivá-la de acordo com o desejo de seu verdadeiro proprietário, Deus.
O cuidado que dedicamos a nossas vidas e o empenho que temos em que gerem frutos de vida eterna é proporcional ao empenho com que servimos a Deus e procuramos corresponder ao Seu Amor.

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermão 30 sobre o Cântico dos Cânticos

O mistério da vinha de Deus

Irmãos, se na vinha do Senhor vemos a Igreja, não é limitada prerrogativa ter a Igreja alargado os seus limites a toda a terra. [...]
Refiro-me à multidão dos primeiros crentes, de quem foi dito que tinham «um só coração e uma só alma» (Act 4, 32). [...] Porque a perseguição não a arrancou tão brutalmente do solo, que ela não tenha podido voltar a ser plantada noutros locais e alugada a outros vinhateiros que, chegada a estação própria, a fizeram dar frutos. Ela não pereceu, mudou de solo. Melhor, ganhou tanto em força, quanto em difusão, como vinha bendita pelo Senhor. Levantai, portanto, irmãos, os vossos olhos e vereis que «as montanhas cobriram-se com a sua sombra, e os seus ramos ultrapassaram os altos cedros. As suas ramagens estenderam-se até ao mar e os seus rebentos até ao rio» [Sl 80 (79), 11-12].
Isto não é surpreendente: ela é o edifício de Deus, o Seu terreno de cultivo (1Cor 3, 9). É Ele que a torna fecunda, que a faz propagar-se, que a poda e a limpa, de modo a que ela produza mais fruto. Ele não vai deixar ao abandono a cepa que a Sua mão direita plantou [Sl 80 (79), 15]; não vai deixar uma vinha cujos ramos são os Apóstolos, cuja cepa é Jesus Cristo e de que Ele, o Pai, é o agricultor (Jo 15, 1-5). Plantada na fé, ela mergulha as suas raízes na caridade; lavrada pela obediência, fertilizada pelas lágrimas do arrependimento, irrigada pela palavra dos pregadores, dela transborda um vinho que inspira a alegria e não a má conduta, um vinho cheio de doçura, que alegra verdadeiramente o coração do homem [Sl 104 (103), 15]. [...] Filha de Sião, consola-te a contemplar este grande mistério: não chores! Abre o teu coração para acolher todas as nações da terra!
(fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org)

quinta-feira, 4 de março de 2010

II Semana do Tempo da Quaresma, quinta-feira – Lc 16, 19-31

"Não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos"

Jesus ressuscitou – esta é a nossa grande alegria e a certeza que sustenta toda a nossa fé. Jesus é Deus que se fez homem, sofreu e morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.

Nós, porém, não O vimos ressuscitar ou mesmo depois da ressurreição. Recebemos o testemunho da Igreja, que remonta aos apóstolos, e nesse testemunho cremos. Pois os apóstolos viram o Senhor ressuscitado e dele deram testemunho a todos.

Assim, antes que pretender ver pretensos milagres com nossos próprios olhos, devemos crer no Senhor pela fé que da Igreja recebemos. O Senhor confiou à Sua Igreja a guarda da Revelação divina, contida na Tradição dos apóstolos (até hoje fielmente transmitida) e na Palavra de Deus, a Bíblia, cuja autenticidade é garantida pela mesma Tradição.

Se não cremos no que nos ensina e transmite a Igreja, e que vem do próprio Deus, por que acreditaríamos se víssemos acontecimentos extraordinários, ilusões e pretensos milagres? Onde colocamos de fato a nossa fé: em Deus ou em coisas transitórias? E se temos fé em Deus, por que não ouvimos o que Ele nos diz?

quarta-feira, 3 de março de 2010

II Semana do Tempo da Quaresma, quarta-feira – Mt 20, 17-28

Jesus fala de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, que devem ocorrer em Jerusalém, para onde o Senhor e os discípulos se dirigem. Esses acontecimentos são o "cálice" que Ele menciona aos discípulos. Mesmo sabendo pelo que terá de passar, Jesus segue resolutamente a Jerusalém, para cumprir até o fim, com amor e fidelidade, a missão de salvar os homens, que Lhe fora encomendada pelo Pai.

Em seguida a esse anúncio de Jesus, a mãe de Tiago e de João (os filhos de Zebedeu) vem pedir-Lhe que dê a seus filhos lugares de honra e postos de comando em Seu Reino. Ela tem a perspectiva de um reino terreno, mas, no Reino de Cristo, reinar é servir e maior é aquele que serve aos demais.

Jesus, pois, corrige esta visão meramente humana e limitada do Reino dos Céus e de Sua missão na terra, apontando para o Seu próprio exemplo de serviço, de doação da vida por amor dos homens e para a sua salvação; afirmando que os Seus discípulos devem segui-lO e imitá-lO em tudo, inclusive bebendo do Seu "cálice de dor", que é a cruz, para então reinar com Ele na glória do Céu.

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