II Semana do Tempo Pascal, sexta-feira
Jo 6, 1-15
"Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que Ele operava em favor dos doentes". As pessoas buscavam em Jesus a cura de suas enfermidades, não porque vissem que Ele era o Salvador esperado ou porque quisessem aprender o caminho que leva ao Reino dos Céus. Entendiam que Jesus não era mais do que um profeta e que, como tal, operava sinais e prodígios. E eram os sinais e prodígios que procuravam.
Depois que Jesus multiplica os pães e peixes, começam a reconhecer nEle os sinais do Messias. Porque, de uns poucos pães e peixes, agora há alimento de sobra para todos e a abundância era um sinal dos tempos messiânicos.
Ainda assim, enganam-se. Querem um messias terreno, político. Querem proclamar Jesus como rei para que Ele, então, multiplicasse sempre o alimento, dando-lhes pão em abundância e, ainda, curando-os de todas as suas doenças físicas.
Sim, Jesus é Rei, mas o Seu Reino não é deste mundo. Por isso, Jesus deixa a multidão e retira-Se para o monte para ficar a sós com o Pai.
Ora, o comportamento daquele povo não se parece bastante com o nosso? Procuramos a Jesus, muitíssimas vezes, por causa das nossas necessidades, queremos e esperamos que resolva todos os nossos problemas, mas não queremos crer nEle como o Filho de Deus que veio a este mundo para redimir-nos, porque isso implica em mudança de vida, conversão para Deus. Se realmente acreditássemos em Jesus, entregaríamos a Ele toda a nossa vida e procuraríamos uma só coisa: fazer a Sua Vontade.
O Reino de Deus, que Jesus veio proclamar, não se realiza plenamente neste mundo, mas no outro, pois é o Reino dos Céus. Jesus não é um libertador político. Ele veio libertar-nos, sim, mas do demônio, do pecado e da morte. E o pão que Ele veio nos dar não é feito de trigo, não é simplesmente um alimento para o nosso corpo físico, mas o Seu próprio Corpo, entregue por nós, para que nEle, Cristo, recebamos a Vida eterna, Vida em abundância.
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