sábado, 15 de agosto de 2015

SER COMO CRIANÇAS

XIX Semana do Tempo Comum, sábado
Mt 19, 13-15


Simplicidade, humildade, confiança, temor de Deus.
São as características de um coração de criança que verdadeiramente atraem a Deus.
Quem de nós se pode presumir "adulto" diante de Deus? Quem pode ser auto-suficiente em relação a Deus? Quem pode pretender ter autonomia? Como disse o Senhor, quem de nós pode acrescentar um só dia à duração de sua vida? Quem de nós poderá permanecer existindo, se Deus não o sustentar na existência? Quem de nós pode, com propriedade, afirmar que conhece todas as coisas ou que tem domínio absoluto sobre sua vida?
Mas aquele que é consciente que não é mais que o pó da terra - ainda que seja um grão de poeira infinitamente amado por Deus, a ponto de entregar o Filho Unigênito para salvá-lo - carente de salvação, pecador e completamente impotente e dependente de Deus; e que, por isso, deposita em Deus a sua inteira confiança; esse pode agradar a Deus.
Ser como criança é ser pobre em espírito. E desses, disse o Senhor que são felizes, porque deles é o Reino dos Céus.
Já no Antigo Testamento o Senhor Deus deixava claro qual era a atitude que mais lhe agradava: "mas eu olho para este, para o pobrezinho de alma abatida, que treme ao ouvir a minha Palavra" (Is 66,2).
Eis, pois, o segredo para amar e servir a Deus com agrado: simplicidade, humildade, confiança, temor de Deus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

"O AMOR APAGA UMA MULTIDÃO DE PECADOS"

XIX Semana do Tempo Comum, quinta-feira
Mt 18,21 - 19,1


O Evangelho de hoje, entre outras coisas, nos faz conhecer a realidade do Purgatório, cuja existência é um dogma de fé.
Pois tanto o Céu como o Inferno são realidades definitivas: aqueles que lá estão, no Céu ou no Inferno, lá deverão permanecer por toda a eternidade, para o bem e a felicidade (no caso dos santos no Céu) ou para o mal e a infelicidade (no caso dos condenados no Inferno). Os santos no Céu nunca deixarão de ser santos, não poderão tornar a pecar e permanecerão para sempre na felicidade eterna, contemplando a face de Deus. De modo inverso, os condenados que estão no Inferno tornaram-se, por própria culpa e vontade e de modo irreversível, inimigos de Deus e incapazes de qualquer coisa que não seja o mal; ficarão para sempre longe de Deus e nunca mais sairão do Inferno.
Mas o Senhor diz hoje, quanto ao empregado que mandou entregar aos torturadores, que de suas mãos não se livraria "até que pagasse toda a sua dívida". Trata-se, portanto, de uma realidade transitória.
Eis aí o Purgatório: o lugar daqueles que, embora não condenados, precisam purificar o seu amor a Deus e ao próximo, antes de poderem entrar definitivamente no Reino dos Céus. Porque amam a Deus, mas não sobre todas as coisas e nem com total pureza; e amam ao próximo, mas não como a si mesmos.
Mas o Senhor nos ensina como purificar o nosso amor: perdoando incondicionalmente, como Deus perdoa. Pois a nossa dívida para com o Senhor será sempre impagável (uma vez que infinita) e a dívida de nossos irmãos para conosco será sempre insignificante (uma vez que somos criaturas miseráveis e pecadoras).
Por isso, devemos imitar a Deus na liberalidade de seu perdão: Ele está disposto a apagar os nossos pecados, se perdoarmos de coração às pequenas ofensas de nossos irmãos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SÚPLICA NOS TORMENTOS DA VIDA

XVIII Semana do Tempo Comum, quarta-feira
Mt 15, 21-28

Duro é, Senhor, para nós, suportar os Teus silêncios...!
Como essa mulher cananeia, Senhor nosso, estamos aqui, diante da Tua Presença - Tu, que jamais estás ausente - para expor os nossos tormentos.
Nada dizer, Senhor? Tu, que és Deus de infinita Misericórdia, não Te vais compadecer de nós, Tuas pequenas e pobres criaturas, que somos pouco mais do que pó e cinza?
Entretanto, não iremos embora, não Te deixaremos até que nos atendas e nos concedas um alívio. Assim como a mulher estrangeira, não desistiremos de Ti e insistiremos Contigo até que nos ouças, pois em Ti depositamos toda a nossa esperança e confiança.
Não merecemos que nos trates bem. Nossos muitos pecados não nos fazem merecer, da Tua parte, outra coisa que o desprezo. Tu, porém, és bom. E é por isso, por Tua infinita bondade, que não nos tratas conforme merecem as nossas culpas e a nossa miséria.
Jesus, Senhor nosso, Rei de nossas vidas, tem piedade de nós! Ouve-nos, por Tua bondade. Nós confiamos em Ti. Não nos afastaremos de Tua Presença e clamaremos continuamente ao Teu Coração, até que volvas sobre nós o Teu olhar e derrames sobre nós a Tua Misericórdia.
Senhor Deus misericordioso, clemente e amante dos homens, tem piedade de nós!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O VERDADEIRO ALIMENTO DE NOSSAS ALMAS

XVIII Semana do Tempo Comum, segunda-feira
Mt 14, 13-21

Só da Igreja podemos receber o verdadeiro alimento de nossas almas, Jesus Cristo vivo na Eucaristia. Pois o Senhor não alimenta a multidão, senão por meio dos discípulos. Só a eles cabe distribuir ao povo o pão multiplicado por Jesus.
O mundo pode fornecer o alimento que mata a fome do corpo, mas só do Senhor podemos receber, por meio de Sua Igreja, a comida que sacia a alma e sustenta para a eternidade. Por isso é que Jesus manda aos discípulos alimentarem a multidão e não permite que a dispersem para irem aos povoados buscar o que comer.
***
Do aparente deserto, isto é, dos poucos recursos e possibilidades humanas, o Senhor faz muito, se colocarmos tudo à Sua disposição, com generosidade e sem receios ou reservas. Assim, de cinco pães e dois peixes, Ele alimentou a todos os milhares que foram escutá-lO.
Do mesmo modo, de nossa miséria Deus fará grandes milagres, se a Ele entregarmos tudo, sem reservar nada para nós e com o coração alegre.
***
O texto do Evangelho é claro: o Senhor entrega a Eucaristia a Seus discípulos para que alimentem o povo. Só aos ministros ordenados, os sacerdotes - padres e bispos - cabe alimentar o Povo de Deus com o Pão da Vida que é o Cristo Eucarístico.
Aos leigos, no entanto, na medida de suas possibilidades e de sua criatividade, cabe promover o sustento e a melhoria das condições dos irmãos necessitados, de modo que nada lhes falte 
Assim, na Igreja, a cada um o que lhe é determinado por Deus, em ordem à caridade.

sábado, 1 de agosto de 2015

QUAL É O TAMANHO DO NOSSO AMOR POR JESUS?

XVII Semana do Tempo Comum, sábado
Memória de Santo Afonso de Ligório, bispo e doutor da Igreja
Mt 14, 1-12

Assim é a relação do mundo com os discípulos do Senhor: quer livrar-se deles, calando-os ou matando-os, porque são incômodos por causa de sua fé e de seu comportamento. Como o Rei Herodes queria livrar-se de São João Batista e acabou por mandar matá-lo, depois de tê-lo encarcerado, usando como pretexto a palavra empenhada em um juramento iníquo.
Como foi naquele tempo, nunca deixou de ser, durante toda a história da Igreja, desde o começo até os dias de hoje, por mais de dois mil anos.
Pois o mundo continua querendo livrar-se dos discípulos de Jesus. Nunca, em momento algum da história, tantos cristãos foram perseguidos e mortos como hoje, pelo simples fato de serem cristãos. A cada cinco minutos, um cristão é morto, vítima de perseguição religiosa.
No entanto, é melhor que nos matem. Pois quando o mundo, ao invés de nos matar, consegue silenciar-nos, fazer-nos calar, é porque triunfou sobre nós, levando-nos a adotar uma mentalidade mundana e relativista. O discípulo de Cristo que se deixa derrotar pela mentalidade do mundo deixa de ser discípulo porque já não consegue tomar a cada dia a sua cruz e seguir o Senhor, como Ele mesmo indica que é necessário para se colocar em Seu seguimento.
Se sucumbimos ao que o Papa Bento XVI denunciava como a "ditadura do relativismo" (aquiaquiaqui e, especialmente, aqui) e contemporizamos com aquilo que o mundo nos apresenta como bom, então estamos deixando de ser cristãos.
São João Batista foi até a morte por amor e fidelidade ao seu Senhor, ao nosso Senhor. E nós, até onde estamos dispostos a ir? Qual é o limite de nossa fidelidade? Qual é o tamanho do nosso amor por Jesus?


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