segunda-feira, 30 de maio de 2011

VI Semana do Tempo Pascal - Jo 15,26 - 16,4

O Espírito Santo acompanha os discípulos de Cristo e habita neles, para que possam dar testemunho da Verdade, que é o seu próprio Senhor Jesus.
Mas o mundo não conhece a Verdade e rejeita o Espírito que dela dá testemunho, por meio da Igreja e daqueles que amam e seguem ao Cordeiro de Deus imolado.
Por isso, dar autêntico testemunho de Jesus Cristo sempre significará sofrer perseguição da parte do mundo, muitas vezes até a morte. Ou (o que talvez seja pior) até o esfriamento sutil e lento, mas constante, da fé e do amor a Deus pela idolatria de si mesmo e dos prazeres do mundo, colocados no lugar que só a Deus pertence.
Eis porque o Senhor nos preveniu enquanto ainda estava conosco, para que nos lembrássemos hoje de Suas palavras e, a partir desta lembrança, procurássemos manter firme a nossa esperança, pelo poder do Espírito de Cristo que habita em nós.
Pois o Espírito Santo nos faz, à semelhança de Jesus Cristo, ungidos do Pai para dar testemunho ao mundo da Boa Nova da Salvação, da misericórdia de Deus para com todos nós.

terça-feira, 17 de maio de 2011

IV Semana do Tempo Pascal - Jo 10, 22-30

"... mas vós não acreditais"
Nas perguntas dos judeus a Jesus fica claramente representada a arrogância humana. Pois Deus, que espera de nós fé e confiança, dá-nos todas as indicações a respeito dEle e de Sua Vontade. Nós, por outro lado, recusamo-nos a crer em Deus, a nEle confiar e exigimos do Senhor provas e evidências, como se Deus fosse um objeto de estudo de uma hipótese científica que queremos (ou não) confirmar. Em outras palavras, queremos que Deus se nos submeta, que cumpra a nossa vontade, que nos dê certezas... Mas não passamos de meras criaturas!
Quem sabe não é para nós a mesma resposta que Jesus deu aos que O interrogavam naquela época: "já vo-lo disse, mas vós não acreditais". Em Seu favor, Jesus invocou o testemunho das obras que fez, seus milagres e sinais. Hoje, poderia invocar o testemunho da Igreja, Sua obra que dura já dois mil anos, apesar de todos os reveses históricos e das limitações humanas. Poderia invocar também o testemunho de tantos que, dos primeiros tempos aos dias de hoje, vivem e morrem por sua fé, porque creem em Seu Nome.
Mas o Senhor deixa-nos um alerta: "não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, Eu as conheço e elas Me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão".
Procuremos, neste tempo de júbilo pela Ressurreição do Senhor, ver se de fato ouvimos a Sua Voz e, por isso, somos parte de Seu rebanho. Se não somos, ainda há tempo de nos juntarmos ao redil de Jesus Cristo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

III Semana do Tempo Pascal - Jo 6, 22-29

"Esforçai-vos (...) pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará"
O Senhor repreende a multidão que O segue por causa do pão que comera. Se Ele havia saciado aquelas pessoas, foi porque se compadecera delas. Mas Seu objetivo não era ficar permanentemente alimentando-as de pão. Queria ensiná-los, alímentá-los de Sua Palavra, mostrar-lhes o caminho que leva ao Pai, ao Reino dos Céus.
Jesus chama a atenção daquele povo, portanto, para conduzi-los a um caminho mais elevado; para que, do corpo, cheguem ao espírito: "Esforçai-vos, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará".
Hoje, muitos colocam a fé em Jesus Cristo na dependência de uma perspectiva meramente material. Ora, crer no Senhor, o enviado do Pai, crer em Sua Palavra, é conformar a própria vida ao Seu ensinamento, sabendo que a cruz é a perspectiva do cristão - ele deve passar por ela para chegar, como Cristo, à ressurreição, ao Reino de Deus. A prosperidade material nem sempre acompanhará os que creem no Senhor.
Por outro lado, "o alimento que permanece até a vida eterna" é o Corpo e o Sangue de Jesus, dados na Eucaristia, à qual têm acesso todos os que se esforçam por levar uma vida pura, conforme a Sua Palavra.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

II Semana do Tempo Pascal - Jo 6, 1-15

"Está aqui um menino..."
Não era ninguém, apenas um menino. E trazia um lanche consigo, que lhe era mais do que o necessário, mas era nada frente à multidão.
Não era ninguém e não tinha quase nada... Mas, do pouco que tinha, deu tudo e deu-se todo ao Senhor.
Foi a disponibilidade desse menino, que não era sequer considerado na contagem da multidão, o ponto de partida de Jesus para fazer o milagre da multiplicação dos pães. Usando de um pequeno lanche doado com fé e amor, o Senhor alimentou fartamente a todos.
Não era ninguém, mas podia ser cada um de nós. Seja o que for que tenhamos a partilhar (e todos temos, mesmo os mais pobres), sempre será pouco - pequeno diante da enorme necessidade que o homem tem do Criador, sem valor perante o poder de Deus e desnecessário, pois o Senhor não necessita de nada que porventura tenhamos (já que tudo é dEle e por Ele nos foi concedido). Ainda assim, é exatamente esse quase nada que o Senhor espera que Lhe entreguemos, esse tudo de nós, tão insignificante diante do infinito de Deus.
O que nos torna valiosos aos olhos do Senhor, como aquele menino e seu pequeno lanche, é o amor com que Lhe dispomos tudo o que somos e temos. Dessa entrega sem reservas nascerão os pequenos e grandes milagres que a Misericórdia divina haverá de operar em nossas vidas, os sinais de Seu Amor que haveremos de nos tornar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

II Semana do Tempo Pascal - Jo 3, 16-21

"Quem age conforme a Verdade aproxima-se da Luz"
Por amor do Pai, o Filho "fez-se carne e habitou entre nós" para salvar-nos, para dar-nos o Reino. Ele é a Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
No entanto, se nossas obras são más e vivemos nas trevas, a Luz nos incomoda e não queremos aproximar-nos dela. E, à medida em que nos aprofundamos na escuridão, mais esse incômodo provocado pela Luz vai se transformando em dor, a ponto de não a podermos suportar e fugirmos para longe.
O julgamento, pois, antes de ser de Deus, é nosso. Somos nós que nos acusamos e condenamos, pois a Luz de Cristo revela as disposições de nosso coração, nossos desejos, pensamentos e obras. E, ao vermo-nos como somos, revelados à Luz do Senhor, podemos ter uma de duas atitudes: arrependemo-nos profundamente e nos convertemos (pois não há ninguém sem pecado que possa dizer que não tem do que converter-se) ou nos obstinamos ainda mais no erro e rejeitamos a Jesus.
Ele, o Enviado do Pai, veio ao mundo como Luz "para iluminar os nossos passos no caminho da paz"; propõe-nos e espera que nEle creiamos, para dar-nos a Vida imperecível e a felicidade perfeita em Seu Reino. Se queremos viver na Verdade, aproximemo-nos de Jesus Cristo, a Luz do mundo. Pois aquele que vive na Verdade, faz suas obras em Deus.
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