"Está aqui um menino..."
Não era ninguém, apenas um menino. E trazia um lanche consigo, que lhe era mais do que o necessário, mas era nada frente à multidão.
Não era ninguém e não tinha quase nada... Mas, do pouco que tinha, deu tudo e deu-se todo ao Senhor.
Foi a disponibilidade desse menino, que não era sequer considerado na contagem da multidão, o ponto de partida de Jesus para fazer o milagre da multiplicação dos pães. Usando de um pequeno lanche doado com fé e amor, o Senhor alimentou fartamente a todos.
Não era ninguém, mas podia ser cada um de nós. Seja o que for que tenhamos a partilhar (e todos temos, mesmo os mais pobres), sempre será pouco - pequeno diante da enorme necessidade que o homem tem do Criador, sem valor perante o poder de Deus e desnecessário, pois o Senhor não necessita de nada que porventura tenhamos (já que tudo é dEle e por Ele nos foi concedido). Ainda assim, é exatamente esse quase nada que o Senhor espera que Lhe entreguemos, esse tudo de nós, tão insignificante diante do infinito de Deus.
O que nos torna valiosos aos olhos do Senhor, como aquele menino e seu pequeno lanche, é o amor com que Lhe dispomos tudo o que somos e temos. Dessa entrega sem reservas nascerão os pequenos e grandes milagres que a Misericórdia divina haverá de operar em nossas vidas, os sinais de Seu Amor que haveremos de nos tornar.
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