XXXII Domingo do Tempo Comum
Mc 12, 38-44
A viúva - pobre e desvalida - é a imagem da humanidade. O que é o homem senão uma criatura fraca, frágil, insegura, que vive e se debate em meio a realidades que não pode compreender e dar quais, conforme lhe concede a graça, não tem senão um vislumbre?
Como eram as pobres viúvas no antigo Israel, assim é a humanidade - a imagem do desamparo. Aquelas dependiam da caridade alheia e, se ninguém as socorresse, só lhes restava esperar a morte. A humanidade, escravizada pelo pecado, submetida ao jugo do demônio, só podia esperar a condenação eterna.
Mas Deus compadeceu-se de nós, Suas pobres criaturas, e enviou-nos o Seu Filho, para libertar-nos do inimigo que nos subjugava e salvar-nos da morte eterna, devolvendo-nos a esperança.
O coração daquela pobre viúva agradou a Deus porque, ao dar tudo o que tinha - tão pouco, fez dEle a sua única esperança e entregou-se inteiramente em Suas mãos. Ela acreditou que tudo o que lhe vinha da parte de Deus era bom e justo.
A humanidade, todos nós, somos como esta pobre viúva. Cumpre reconhecermos a nossa condição de indigência. O que podemos, de fato, dar a Deus? Ainda que lhe entreguemos tudo, será como estas duas moedas sem valor depositadas pela viúva no tesouro do templo. Não somos e nem temos nada que possa ter algum valor diante de Deus. No entanto, é exatamente isto o que Ele deseja (e não se contentará com menos): que Lhe demos tudo o que somos e temos, colocando somente nEle a nossa confiança e fazendo dEle a nossa única esperança.
Se quisermos agradar o Coração de Deus, não reservemos nada para nós.
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