quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Não reconheceste o tempo em que foste visitada"

XXXIII Semana do Tempo Comum, quinta-feira
Memória de Santa Cecília, virgem e mártir
Lc 19, 41-44


Essa mesma cidade, Jerusalém, sobre a qual Jesus chora e lamenta, seria destruída pouco tempo depois, no ano 70 d.C., pelas legiões romanas. O imperador cansara-se daquele povo sempre rebelde e mandou destruir sua cidade sagrada e seu templo, dispersando-os pela face da terra (essa dispersão dos judeus ficou conhecida como diáspora).
Jerusalém, na pessoa dos sumo-sacerdotes e mestres da lei, não reconhece Jesus como o Messias prometido a Israel e rejeita-O. Em consequência disso, é deixada à própria sorte e acaba por ser destruída. Tudo o que restou do Templo de Jerusalém, glória e esplendor da cidade de então, foi um muro, que hoje conhecemos por Muro das Lamentações.
Mas o que fala o Senhor a respeito de Jerusalém - "não deixarão em ti pedra sobre pedra (...) porque não reconheceste o tempo em que foste visitada" - não poderia aplicar-se também a nós e a nossas vidas?
Porque muitas vezes o Senhor nos visita e de muitos modos. Talvez, mais frequentemente, pela dor, para que recorramos a Ele, reconhecendo a nossa impotência, a nossa pequenez, abatendo nosso orgulho e reconhecendo nossa condição de criaturas diante do Criador, em tudo dependentes dEle.
Como diz o Senhor, diante da cidade de Jerusalém, Ele é o único que nos pode trazer a paz. Se não O reconhecemos quando nos visita, se O rejeitamos, que paz podemos esperar? O que nos aguarda, senão o mesmo destino da cidade de Jerusalém?
O Senhor Jesus vem visitar-nos, incansavelmente, durante o tempo que nos é dado viver, para que O reconheçamos. Ele espera e deseja o nosso amor. E certamente não quer chorar sobre nós.

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