quarta-feira, 27 de julho de 2011

XVII Semana do Tempo Comum - Mt 13, 44-46

Um tesouro escondido
De Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
A esposa [do Cântico] dos Cânticos diz [...] que se levantou do leito para procurar o seu Bem-Amado na cidade, mas em vão; depois de ter saído da cidade, encontrou Aquele que o seu coração amava (cf. Ct 3, 1-4). Jesus não quer que encontremos a Sua adorável presença no repouso: Ele esconde-Se. [...] Oh! Que melodia para o meu coração é esse silêncio de Jesus. Ele faz-Se pobre para que possamos usar de caridade para com Ele; estende-nos a mão como um mendigo para que, no dia radioso do julgamento, quando Ele aparecer na Sua glória, possamos escutar as Suas doces palavras: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me de vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter coMigo» (Mt 25, 34-36). Foi o próprio Jesus que pronunciou estas palavras, é Ele que quer o nosso amor, que o mendiga. Põe-Se, por assim dizer, à nossa mercê, não quer tomar nada sem que Lho demos. [...]
Jesus é um tesouro escondido, um bem inestimável que poucas almas sabem encontrar, porque Ele está escondido e o mundo ama aquilo que brilha. Ah! Se Jesus Se tivesse querido mostrar a todas as almas com os Seus dons inefáveis, de certeza que não haveria nenhuma que O desdenhasse; mas Ele não quer que O amemos pelos Seus dons: Ele próprio é que deve ser a nossa recompensa.
Para encontrarmos uma coisa escondida, temos de nos esconder; a nossa vida deve, portanto, ser um mistério; é preciso assemelharmo-nos a Jesus, a Jesus diante de Quem se tapa o rosto (cf. Is 53,3). [...] Jesus ama-te com um amor tão grande que, se o visses, entrarias num êxtase de felicidade [...], mas não o vês e sofres com isso. Muito em breve Jesus «Se levantará para o julgamento, para salvar os humildes da terra» [Sl 76 (75),10].
(fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Festa de São Tiago, apóstolo - Mt 20, 20-28

"Quem quiser ser o primeiro, seja o vosso servo"
Quem ama a Jesus Cristo verdadeiramente e deseja de todo o coração servi-lO, será servidor dos demais e não desejará para si mesmo honrarias, títulos e posições de destaque. Para o verdadeiro servo de Jesus Cristo, a maior honraria é receber do mundo o mesmo que seu Senhor recebeu: o desprezo e a cruz.
No Reino dos Céus, reinar é servir. Essa é a lógica à qual devem obedecer, desde esta vida, todos os que pretendem ser discípulos de Jesus Cristo.
Mas em que consiste o serviço que deve praticar o discípulo de Cristo? Esse serviço, que se dirige fundamentalmente a todas as demais pessoas, traduz-se por fazer tudo, sem medir esforços, para que todos cheguem ao conhecimento de Cristo e tomem parte no Reino dos Céus. É doar-se aos demais como quem se doa ao próprio Cristo Jesus, que nos deu o exemplo máximo, pois não se apegou ao fato de ser Deus, mas humilhou-se a Si mesmo, tomando a forma de escravo (a condição humana) e foi obediente até a morte de cruz, sendo, por isso, exaltado pelo Pai (cf. Fl 2, 2-11).
Aquele que imitar o Senhor Jesus Cristo no serviço aos outros será verdadeiramente seu discípulo e será exaltado pelo Senhor como grande no Reino dos Céus.

XVII Domingo do Tempo Comum - Mt 13,44-52

O Reino dos Céus pode ser encontrado por quem não o procura. Se esse encontro inesperado encher de alegria aquele que encontrou o Reino, esse dará tudo o que tem para possuí-lo, pois entende que nada vale mais do que esse Reino que achou sem procurar e, talvez, sem mesmo haver desejado.
Mas há também que busque o Reino dos Céus porque sabe de seu valor infinito. Se essa busca for motivada por um coração sincero, aberto e generoso, então não será em vão. Pois todo aquele que busca, encontra, disse o Senhor (cf. Mt 7, 8). E também esse fará do Reino dos Ceús a sua única riqueza.
Todos são convidados a tomar lugar no Reino dos Céus. A rede dos pescadores do Reino (isto é, a rede da Igreja) é lançada permanentemente sobre o mar do mundo, a fim de tirar os homens do jugo do demônio e dar-lhes "a gloriosa liberdade dos filhos de Deus" (Rm 8, 21). Nem todos, porém, desejam ter parte no Reino de Deus. E os que quiserem ficar de fora serão como os peixes que não prestam, jogados de volta ao mar.
Porque Deus quer dar o Seu Reino a todos, mas não forçará ninguém (cf. ITm 2,4 - "Deus deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade"). Tomará posse do Reino aquele que o desejar de todo o coração; que, desejando-o, encher seu coração de alegria nesse desejo; e que, pelo Reino, seja capaz de dar tudo o que tem quando o encontra, ainda que jamais o tenha procurado.

Ouça também o podcast "A Pérola do Reino dos Céus",
no site Christo Nihil Praeponere:
http://padrepauloricardo.org/audio/49-testemunho-de-fe-%E2%80%93-17%C2%BA-domingo-do-tempo-comum-%E2%80%93-24072011/

sábado, 23 de julho de 2011

XVI Semana do Tempo Comum - Mt 13, 24-30

"Arrancai primeiro o joio (...) para ser queimado"
Não experimentamos em nós tanto os impulsos que vem de Deus para fazer crescer nossas almas e levar-nos à santidade, quanto os impulsos de nossas paixões desordenadas que nos desviam do amor de nosso Senhor?
Pois estes últimos, os impulsos de nossa natureza humana ferida pelo pecado, devem ser purificados e arrancados, na medida em que cresce em nós o Amor de Deus, "derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (cf. Rm 5,5).
Assim, com o terreno limpo, poderá o trigo maduro do Amor do Senhor (semeado, cultivado e crescido em nossos corações e em nossas almas) ser cortado e recolhido ao celeiro do Reino dos Céus, para a eternidade.
Nesse Reino não há mais joio e nossos corações, purificados e limpos, já não poderão querer mais nada de mal, contemplando para sempre seu Senhor, objeto único de seu desejo; infinitamente sendo amados por Ele e a Ele amando pelos séculos sem fim.
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