segunda-feira, 2 de abril de 2012

Semana Santa, segunda-feira - Jo 12,1-11


"... a Mim, nem sempre Me tereis"
Em primeiro plano, porém discretamente, está a ação de Maria, irmã de Lázaro de Betânia, que não poupa recursos e unge os pés de Jesus com bálsamo perfumado e caríssimo. Ela o faz sem dizer uma palavra, mas, por causa de seu gesto, a casa fica toda perfumada.
Do mesmo modo, quando realizamos alguma coisa por amor a Deus, pura e simplesmente, ainda que não pareça ter valor aos olhos utilitaristas deste mundo cada vez mais paganizado, o "perfume" do amor enche toda a nossa casa, isto é: nossa vida, em todos os seus aspectos, fica cheia do amor de Deus.
Quando diz que "pobres, sempre os tereis convosco", Jesus mostra claramente que não é possível reduzir a verdadeira religião à realização de boas ações, ainda que sistemáticas, em favor do próximo. O verdadeiro culto a Deus se dá "em espírito e verdade", tornando o amor ao próximo um culto de adoração a Deus unicamente se for a concretização, a manifestação e o transbordamento do amor a Deus.
Se não for assim, o culto ao Deus verdadeiro (que se revelou em Jesus Cristo) perverte-se, tornando-se idolatria do pobre, ideologia ou anestesia da consciência.
É preciso fazer a leitura também para nós, hoje, das palavras do Senhor: "... a Mim, nem sempre Me tereis".

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