Tanto nós quanto os falecidos, cujo destino eterno desconhecemos (exceto por aqueles que a Igreja declarou santos, isto é, que já estão no Céu com Deus), temos o mesmo critério de julgamento: o amor. O amor a Deus que se manifesta no amor ao irmão, pois Deus é invisível.
As obras enumeradas por Jesus, justo Juiz assentado em seu trono de glória, são todas bem concretas: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; acolher ao peregrino e ao estrangeiro, aos viajantes e migrantes em geral; vestir a quem está nu; assistir e cuidar dos enfermos; visitar os encarcerados.
São as chamadas obras de misericórdia corporal, através das quais se manifesta concretamente o amor ao próximo, com quem Jesus se identifica.
O critério do Senhor para medir o nosso amor por Ele já está dado. Se queremos amar a Deus, a quem não vemos, devemos amar o nosso irmão, a quem podemos ver (cf. 1Jo 4, 20). Pois "a fé sem obras é morta" (cf. Tg 2, 26) e o amor que não se traduz em obras concretas, resultantes do desejo de agradar ao Amado, não existe.
Ao rezarmos hoje e em toda esta semana de modo especial pelos falecidos e confiá-los à misericórdia divina, lembremos que o julgamento deles (que já ocorreu) e o nosso (que um dia virá) será baseado nas mesmas premissas.
Dizia São João da Cruz, carmelita: "no entardecer da vida sereis julgados quanto ao amor".
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