Um homem rico acusa seu administrador de infidelidade na administração de seus bens e exige-lhe a prestação de contas. O administrador sabe que a acusação de seu senhor é verdadeira, por isso nem sequer perde tempo tentando defender-se. Mas vai rapidamente arranjar uma forma, embora desonesta, de garantir seu sustento, para não ficar na miséria quando o senhor o mandar embora.
Todos somos administradores dos bens que Deus nos concede, a começar pela vida, que é dom primeiro e fundamental sem o qual não receberíamos os demais.
Se o Senhor nos chamasse hoje para prestar constas de nossa administração, que Lhe poderíamos dizer? Admitiríamos também a nossa infidelidade?
Cumpre-nos, porém, olhar a esperteza com que o administrador ajeitou seus negócios para não ficar sem nada, pois até o patrão o elogiou nesse aspecto. Cumpre olhar a esperteza e imitá-la, mas não a desonestidade.
Sejamos espertos em "invocar o Senhor enquanto Ele está perto, buscá-lO enquanto se pode achar" (cf. Is 55, 6): mudando de conduta e convertendo nosso coração a Deus; procurando nossos amigos entre os anjos e os santos, que estão perto de Deus e podem interceder por nós.
Assim, no dia da prestação de contas, o que tivermos lucrado com a boa administração compensará a infidelidade anterior e o Senhor haverá de elogiar a esperteza com que procuramos ganhar a Vida nas moradas eternas.
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