A Igreja celebra hoje a entrega que Maria faz de si mesma a Deus, sua dedicação total, fiel e perseverante à Vontade do Pai, consagrada que era a Deus desde a infância.
O Evangelho põe em relevo a visão de Jesus a respeito disso, pois Suas palavras colocam em primeiro lugar o vínculo espiritual e, subordinado a este, o vínculo biológico. Se lermos com mais atenção e cuidado veremos que, em lugar de ofensivas, as palavras do Senhor são uma forma de exaltar Sua Mãe. Afinal, quem, dentre os homens e mulheres da terra, mais do que ela ou melhor do que ela cumpriu a Vontade de Deus?
A esse respeito, diz Santo Agostinho: "Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nascesse a salvação e que foi criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Sim! Ela o fez! Santa Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou ela em ser discípula do que mãe de Cristo".
Para nós, as palavras do Evangelho de hoje devem ser fonte de alegria e de esperança. Podemos ser irmãos de Cristo, se fizermos a Vontade do Pai que está nos céus. Podemos ser discípulos de Cristo se, a exemplo de Maria, ouvirmos a Palavra de Deus e a pusermos em prática (cfe. Lc 11, 28).
Ao fazermos memória da consagração e da dedicação de Nossa Senhora a Deus, permitamos que ela, mais uma vez, nos aponte Jesus Cristo e nos indique o caminho do cumprimento fiel da Vontade do Pai. Por seu exemplo, podemos ter a esperança e a alegria de que também a nós façam referência as palavras do Senhor quando fala dos seus irmãos, aqueles que procuram fazer em suas vidas o que deles deseja o Pai que está nos céus.
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