Jesus fala de Seu corpo como o Templo de Deus por excelência, visto que Ele é Deus e homem e é um só Deus com o Pai e o Espírito Santo. Seu corpo, uma vez destruído pelas torturas e pela crucifixão, ressuscitará, pois não pode permanecer em poder da morte.
Pelo Batismo que recebemos (muitos, quando crianças; outros, já adultos) nosso corpo também se torna templo de Deus, morada do Espírito Santo. Pelo Batismo, a Trindade habita em nós e o Deus único, que se revelou em Jesus Cristo, é o Senhor de nosso corpo. Não devemos, por isso, mantê-lo puro para Deus?
Jesus expulsou os vendedores e os cambistas. Pode parecer estranho o fato de haver esse tipo de pessoas no Templo. Na verdade, havendo muitos judeus que vinham de regiões distantes à Jerusalém para as festas religiosas judaicas, em especial para a festa da Páscoa, não podiam esses peregrinos percorrer longas distâncias trazendo consigo os animais que deveriam ser oferecidos em sacrifício. Os comerciantes estavam lá para vender aos peregrinos esses animais. Quanto aos cambistas, eram necessários porque os peregrinos deviam fazer o pagamento do tributo do Templo, mas isso não podia ser feito com moedas pagãs, que continham as efígies dos reis e imperadores estrangeiros – então os cambistas faziam a troca das moedas estrangeiras para a moeda do Templo, com a qual se pagava o imposto. Portanto, a presença dos cambistas e dos vendedores era necessária. No entanto, a área destinada a eles ficava fora do pátio do Templo. Eles, porém, superlotavam essa área e invadiam também as dependências do Templo, que deveriam ser locais exclusivamente de oração e oferta de sacrifícios. Invertiam, assim, a ordem das coisas (e subvertiam o Templo), tornando mais importante o comércio do que a oração e os sacrifícios a Deus.
Quanto a nós: que "vendedores" e "cambistas" deixamos ocupar nosso coração, dando a eles mais espaço que ao Deus vivo, do qual nosso corpo deve ser um templo santo? Procuremos, pois, hoje, descobrir quem ocupa o lugar preferencial em nosso coração e em nossa vida. Façamos, como Jesus, um "chicote de cordas" e expulsemos todos esses invasores para dar o lugar devido ao Senhor, nosso Deus.
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