"Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz"
Hoje a Igreja celebra a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, e o Evangelho nos coloca frente às palavras de Jesus que declara, diante de Pilatos, poucas horas antes de morrer, que é rei.Estranha realeza, essa, que coloca Jesus, o Rei, sob a autoridade de um funcionário romano e de algumas autoridades judaicas, elas mesmas submetidas ao poderio de Roma. Estranha realeza essa, de um Rei indefeso e aparentemente sem exércitos para socorrê-lo quando é violentamente torturado e morto. Estranha realeza essa, de um Rei que, ao menos em aparência, reina sobre nada e sobre ninguém e morre sozinho, condenado à morte dos escravos e traidores.
No entanto, Ele diz: "Eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz".
O testemunho da verdade, que Jesus veio dar, conduz necessariamente à cruz. Para que Seu testemunho seja completo, para que a missão de dar a conhecer aos homens a Verdade (sobre Deus e sobre eles mesmos) seja consumada, Jesus deve dar, até o fim, um testemunho fiel, um testemunho de amor.
Mas se a cruz marcasse o fim de Sua missão, Jesus não seria Rei. A cruz é o trono de glória desse Rei a quem todas as coisas estão submetidas, porque, ao morrer, Ele venceu a morte e, ressuscitando, deu-nos a Vida plena. Pela ressurreição consuma-se a Sua vitória e a Sua realeza.
Celebremos, pois, com alegria e esperança a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Submetamo-nos de todo o coração ao Rei e deixemos que Ele reine sobre nós e sobre as nossas vidas. Vivamos na verdade, ouçamos a Sua voz e deixemos que Ele nos faça verdadeiramente livres, conforme a Sua palavra: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8, 31-32).
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