"Eles verão o Filho do Homem"
Vivemos, todos os dias, em uma tranqüilidade impressionante. Acordamos, comemos, trabalhamos e dormimos como se fôssemos viver para sempre ou como se o mundo em que vivemos fosse durar eternamente. Só nos damos conta da nossa fragilidade quando, em algum ponto do planeta, ocorre uma catástrofe natural que vitima dezenas ou centenas e até milhares de pessoas. Então compreendemos, pelo menos por alguns instantes, o quanto é precária a nossa situação.
O Evangelho de hoje reforça essa noção de precariedade frágil, de contingência. Mas aponta para a esperança: "então eles verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e glória".
Quando parece que a destruição é iminente, virá Jesus Cristo, o Filho do Homem. Ele porá fim a essa fragilidade que domina e consome nossos dias. É por isso que o desespero não tem lugar para quem crê no Filho de Deus. Ele mesmo encoraja e garante, depois de relatar todas as calamidades e desgraças que haverão de ocorrer nos últimos tempos (ali mais diretamente falando da destruição de Jerusalém que ocorreu no ano 70 d.C.): "quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima".
É o paradoxo de Jesus Cristo: quando parece que tudo está por ruir, então é que se deve levantar a cabeça, com esperança e alegria, porque a libertação está próxima. Mas isso não nos deve surpreender: também foi assim com Ele (e primeiro com Ele), na cruz. Quando parecia que tudo estava perdido, que a derrota era inequívoca, que tudo havia acabado porque Jesus estava morto, Ele ressuscita dentre os mortos, completando a obra da nossa salvação.
Quem quiser seguir Jesus, viverá pessoalmente este paradoxo, quando, em meio às tribulações da vida, tiver nEle as maiores alegrias. Até o dia em que o Senhor vier, "com grande poder e glória", para levar Consigo os Seus amados.
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