quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

MEDITAÇÃO PARA A QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Começa a Quaresma recordando a finitude humana e a sua fragilidade. Feito, modelado por Deus do barro, do "pó" da terra, quando a morte (que inevitavelmente chegará para todos) o colher, o homem voltará, pela decomposição do seu corpo, ao mesmo pó de que foi formado.

E de que servirão, então, todos os tesouros deste mundo aos quais o homem faz apegar seu coração? Tudo isso (o que quer que seja) será nada diante de Deus, nosso Senhor, que haverá de perguntar a cada um se procurou acumular e ajuntar tesouros no Céu, tesouros que são adquiridos pela oração, pelo jejum e pela esmola.

As chamadas práticas quaresmais (mas que podem e devem ser praticadas não apenas na Quaresma) nos conduzem ao amor de Deus; ao equilíbrio das paixões e ao domínio de nós mesmos; e ao amor ao próximo. E, portanto, conduzem ao apego às coisas do Céu e ao desapego das coisas da terra.

É ridículo termos um grande conceito de nós mesmos. Somos como o pó que o vento leva. Qualquer coisa nos derruba e aniquila, se o Senhor Deus não nos defende e preserva.

Que o início deste Tempo da Quaresma nos encontre, pois, vigilantes e bem dispostos a corrigir nossos vícios e purificar nossos corações, fazendo tudo isto em silêncio e no escondimento, apenas diante de Deus e com o mais puro desejo de agradá-lO.

Meditemos hoje, profundamente, na finitude de nossas vidas e vejamos onde colocamos nosso coração: se nos tesouros perecíveis deste mundo ou se nos tesouros inesgotáveis do Reino de Deus, no Céu.

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