III Semana do Tempo Comum, terça-feira – Lc 10, 1-9 – Memória de São Tito e São Timóteo, bispos e discípulos de São Paulo

A paz esteja nesta casa!

Quando os discípulos de Jesus Cristo são por Ele enviados para anunciar a Boa Nova da Salvação às cidades e aldeias de Israel, são instruídos, em primeiro lugar, a levar a paz do Senhor por onde andarem.

Como é diferente a paz de Cristo da paz do mundo!

Ele envia seus discípulos "como cordeiros no meio de lobos", mas eles são os portadores da verdadeira paz, aquela que, em meio às tribulações da vida, permite a quem a recebe manter-se sereno e confiante, porque sabe que Deus está com ele, sejam quais forem as circunstâncias.

A paz do mundo é sinônimo de bem-estar físico, conforto material e, quem sabe, tranqüilidade. Mas passa longe da realização humana, fica distante do coração do homem e do seu espírito.

A paz de Jesus Cristo não é paz, conforme os critérios do mundo. Mas é a única paz verdadeira, que o mundo não pode dar.

II Semana do Tempo Comum, quinta-feira – Memória de Santa Inês, virgem e mártir – Mc 3, 7-12

Muita gente O seguia...

O Evangelho de hoje relata que muita gente de muitos lugares diferentes seguia Jesus... Iam procurá-lO "porque tinham ouvido falar de tudo o que Ele fazia". E Jesus acolhia a todos, curando inclusive a muitos doentes e expulsando muitos demônios dos possessos por eles atormentados.

Em nossos dias, muitos continuam a procurar Jesus. Apesar de tanto tempo passado – mais de dois mil anos, ainda se ouve falar de tudo o que Jesus disse e fez.

Poucos, porém, O procuram onde Ele mesmo disse que estaria: na Sua Igreja. Mas como podemos saber qual é a Igreja de Jesus Cristo, na qual podemos com segurança procurá-lO e encontrá-lO?

Basta ouvir as palavras do próprio Senhor para saber onde se deve ir para encontrá-lO: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus e o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16, 18-19).

Ubi Petrus, ibi Ecclesia (onde está Pedro, aí está a Igreja). Quem é Pedro para nós, hoje? Quem é, em nossos dias, o Vigário de Cristo?

I Semana do Tempo Comum, 6ª- feira – Mc 2, 1-12

Jesus hoje cura um paralítico, perdoando-lhe antes os pecados.

Por que é necessário primeiro perdoar os pecados? Ora, a paralisia do corpo, no caso desse homem, não é senão um sinal da grande paralisia de alma. Era necessário primeiro curar a alma, para que o corpo ganhasse liberdade e pudesse mover-se.

Tanto isso é verdade que o homem deixou-se levar por seus amigos até Jesus. Todos eles tinham fé suficiente, mas a fé do paralítico era tão raquítica quanto suas pernas e só tinha o tamanho necessário para concordar que os amigos o colocassem diante do Senhor.

Depois de encontrar-se com Jesus, porém, corpo e alma estão cheios de vida, podem mover-se a tal ponto que aquele que antes estava doente e jazia no leito pode carregar a própria cama.

Aquele homem foi testemunha viva do poder de Deus e de Sua misericórdia. Não há mal humano, corporal ou espiritual, do qual nosso Senhor não nos possa libertar. Não desesperemos, portanto. E se não temos força para irmos até Jesus com nossas próprias pernas, deixemos que nossos amigos, mais firmes na fé, nos conduzam até Ele.

Quarta-feira da Semana da Epifania – Mc 6, 45-52

"Não tenhais medo!"

Somos discípulos, Senhor, de coração endurecido. Trabalhamos e nos fatigamos por Ti sem nada entender. Então, quando Tu passas, caminhando sobre o mar de nossas limitações e dificuldades, não te reconhecemos e ficamos com medo.

Mas Tu dizes: "Coragem, sou Eu! Não tenhais medo!". E essa Tua palavra deveria ser o lema de nossas vidas, de que nos lembremos a cada novo dia, para saber, sempre, que Tu estás conosco, haja o que houver, ainda que estejamos como os discípulos: "cansados de remar, porque o vento era contrário".

Enquanto estamos neste mundo, não haverá um só dia em que o "vento" não nos seja contrário, se Te formos fiéis.

Mas se estás conosco na barca de nossas vidas, então o vento cessa e logo chegamos à outra margem.

Fica conosco, Senhor, porque ainda é noite.