I Semana do Tempo Comum, quarta-feira
Mc 1, 29-39
Nenhuma das ações de Deus é gratuita. Pelo contrário, sempre servem a uma finalidade maior, que nós, quase sempre, somos incapazes de dimensionar, em virtude de nossa cegueira espiritual e temporal. E ainda que consigamos, pela graça de Deus, ver a finalidade imediata de uma ação ou permissão divina, é-nos totalmente impossível alcançar todos os seus desdobramentos atuais e futuros e suas consequências neste mundo e no outro.
Hoje, o Evangelho nos mostra a cura da sogra de Pedro. E indica em seguida a imediata finalidade de tal cura. Livre da febre, "ela começou a servi-los". Não foi uma cura gratuita. E o evangelista quer apontar para isto: as curas não são a finalidade do ministério de Jesus, mas servem a essa finalidade.
O Evangelho relata as curas e exorcismos que o Senhor realiza como sinais da chegada do Reino de Deus entre nós, com a pessoa de Jesus. Sinais que devem ser manifestados a todos e, por isso, o Senhor não permanece em Cafarnaum. Possivelmente lá havia muitos mais doentes e possessos, mas Ele vai percorrer outras aldeias da Galileia.
Porque Jesus não é um mero curandeiro, um taumaturgo ou um mágico de plantão. Jesus é o Enviado do Pai. Ele não veio para livrar-nos de nossas pequenas mazelas cotidianas, mas para anunciar a proximidade do Reino dos Céus e abrir para nós as suas portas.