quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"E vós, quem dizeis que EU SOU?"

XVIII Semana do Tempo Comum, quinta-feira
Mt 16, 13-23


Uma pergunta, quase casual, de Jesus aos discípulos, como se procurasse apenas informar-se do que andavam dizendo a Seu respeito ou quisesse saber das "últimas novidades" que circulavam na região.
Depois das "notícias", o Senhor dirige-se diretamente aos discípulos. Não há mais qualquer casualidade. Não é uma conversa banal. Jesus espera a resposta de uma pergunta decisiva. Da convicção sobre a Sua Pessoa, por parte daquele pequeno grupo dos Doze que compunham o círculo dos futuros apóstolos, os amigos mais íntimos do Senhor, dependerá o futuro de todas as gerações de discípulos de Cristo depois deles.
Significativamente, Pedro responde em nome de todos e professa a sua fé na divindade de Jesus, confessando que Ele é o Messias prometido e há tanto tempo esperado por Israel. E, assim, recebe de Jesus a promessa do Primado: ele, Pedro, será a cabeça visível da Igreja do Senhor, tornar-se-á o Vigário de Cristo. Ele, Pedro, e todos os seus sucessores, os papas.
Embora em menor dimensão, essa é a pergunta decisiva que o Senhor faz a cada um de nós. Chegará para cada um o dia em que, confrontados por Cristo, teremos de responder: "e tu, quem dizes que EU SOU"?
Nessa ocasião, poderemos ser dóceis ao Espírito Santo, que nos revela quem é Jesus, e responderemos como Pedro: "TU és o Messias (o Cristo), o Filho do Deus vivo".
Talvez, depois, sejamos vítimas das vicissitudes humanas e, ao vislumbrar ou experimentar a cruz (que sempre se fará presente na vida do discípulo do Senhor - "a cruz deve estar presente e tem que dobrar-nos sob seu peso", meditava São Josemaría Escrivá em sua Via Sacra), queiramos fugir dela, como fez Pedro ao negar por três vezes a Jesus justamente na hora de Sua Paixão.
Lembremos, nesses momentos, que Jesus o repreendeu duramente, mas não revogou Sua promessa. Mais tarde, concederá o Primado, às margens do Tiberíades, a um Pedro arrependido e cheio de amor por seu Senhor.
Ainda que erremos e caiamos, valerá sempre a resposta da fé - "TU és o Cristo" - se o amor pelo Senhor nos levar, uma e outra vez e sempre, ao arrependimento e à conversão.

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