XXX Semana do Tempo Comum, segunda-feira
Lc 13, 10-17
A mulher estava fisicamente doente, mas a sua doença aprisionava-lhe a alma. Uma vez curada, conta-nos São Lucas, ela "imediatamente... começou a louvar a Deus".
Seu coração estava cheio de fé, mesmo depois de anos e anos de terrível sofrimento físico e, certamente, de enorme sofrimento moral que aquela deficiência física lhe causava. Por isso, o Senhor compadeceu-se dela e libertou-a do espírito maligno que a amarrava e a impedia de derramar o seu coração diante de Deus.
Mas que mesquinho era o coração do chefe da sinagoga!... Não se importava com a liberdade de uma filha de Abraão, mas com o cumprimento legalista da observância sabática - que, em si, deveria ser sinal do amor e da obediência a Deus.
Pois este amor e esta obediência evidenciam-se justamente na cura da mulher, como mostra o Senhor na comparação com os bois e jumentos que devem beber água, mesmo em dia de sábado. Se a atenção às necessidades primárias de sobrevivência de animais não ofende a Deus, então o alívio do sofrimento de uma filha de Deus deve, com mais razão, glorificá-lO. E isto é manifesto no louvor que brota dos lábios da mulher, imediatamente à sua cura.
Quando virmos os sinais da misericórdia de Deus na vida de nossos irmãos, não sejamos mesquinhos como o chefe da sinagoga, para não terminarmos envergonhados e identificados como inimigos de Jesus. Alegremo-nos, como verdadeiro Povo de Deus, com as maravilhas que o Senhor continua operando!