"Para que saibais que o Filho do Homem tem poder de perdoar pecados"
O Evangelho que a liturgia nos apresenta hoje mostra Jesus perdoando os pecados de um paralítico e, em seguida, curando-o de sua paralisia. A cura física desse homem, Jesus a promove por dois principais motivos:- por causa da fé dos amigos do paralítico, tão grande que os levou a destelhar a casa onde Jesus se encontrava e fazer descer a maca do homem pelo teto para apresentá-lo a Jesus;
- para que a cura desse homem servisse como um sinal aos mestres de Israel que o poder e a autoridade de Jesus provinham de Deus e que, portanto, Ele podia, sim, perdoar pecados.
No primeiro caso, vê-se a importância da oração de intercessão, isto é, de pedirmos a Deus uns pelos outros. Pois, se temos fé em Deus e em Seu poder e pedimos com amor pelas necessidades de nossos irmãos, o Senhor não nos deixará de atender.
Ainda, quanto à cura do homem paralítico, Jesus estabelece claramente a distinção entre o perdão dos pecados (que é a cura da alma) e o restabelecimento da saúde (que é a cura do corpo). Mais importante é curar a alma que o corpo – a cura física é dada como sinal da cura espiritual.
No segundo caso, Jesus declara e demonstra diante dos fariseus e dos mestres da lei que Sua autoridade é superior à deles. Em si, esses escribas e fariseus não estão errados, pois só Deus pode perdoar os pecados dos homens (que são, em última instância, dirigidos contra Deus, que é sempre o maior ofendido). Mas Jesus é Deus e, por isso, pode, por Sua própria autoridade e poder, perdoar aquele homem. A cura da paralisia, neste caso, serve como sinal externo e visível dessa autoridade do Senhor e da cura que Ele promove na alma do paralítico, talvez mais paralisada pelo pecado do que o corpo pela doença.
Para nós, hoje, a cura do paralítico também deve servir como sinal de que Deus pode curar-nos de nossos males e pecados, através do perdão que Ele nos concede através de Sua Igreja, por meio de Seus sacerdotes.
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