Os homens são como crianças caprichosas: querem que o Senhor Deus lhes satisfaça a todos os desejos e nada lhes peça; esperam que Deus lhes satisfaça às necessidades que imaginam ter, mas nem sempre se agradam quando o senhor satisfaz, com Sua Providência, ao que lhes é realmente necessário, porque isso, ordinariamente, lhes custa alguma renúncia ou sacrifício.
Assim são os homens de hoje e os de sempre. Não eram diferentes os homens do tempo em que Jesus andava sobre a terra.
Rejeitaram a João Batista, porque lhes pregava a penitência, o arrependimento de suas obras más e a conversão sincera de seus corações para Deus. Para eles, esse era um caminho duro demais.
Então veio Jesus, o Filho de Deus e Deus mesmo, ensinando a conversão para o Pai pelos caminhos do amor e da doação. Mas isso implicava renunciar a si mesmo, deixando o capricho e o egoísmo, e então também a Jesus rejeitaram.
No fim de tudo, porém, não haverá como fugir. O homem, mais cedo ou mais tarde, deve voltar-se para Deus, por quem e para quem foi criado, pois só em Deus o homem pode ser verdadeiramente amado e feliz. E para isso deve escolher um caminho, seja o de João, seja o de Jesus.
Todos os caminhos, porém, no fundo, são um só. Pois só existe um Caminho e esse é Jesus Cristo: "EU SOU o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14, 6).
Fora de Jesus Cristo (e de Sua Igreja) não há salvação, "pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4, 12), a não ser o nome de Jesus.
Nestes dias que nos foram dados para a nossa peregrinação espiritual rumo a Belém e ao Natal de Jesus Cristo, escolhamos o caminho de conversão que, através do Senhor que vai nascer, nos levará ao Coração do Pai.
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