quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Valor do Reino dos Céus

Festa de Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina
Mt 13, 44-46


Na vida de alguns, o Reino dos Céus representa um achado. Apresenta-se a eles, sem que, de fato, o tenham desejado ou procurado. Talvez, mesmo, sem que soubessem de sua existência.
Para estes, o encontro com o Reino dos Céus é como o encontro com um tesouro, que os enche de alegria e faz deixar tudo para terem a posse do Reino.
Para outros, porém, o Reino dos Céus é o desejo do coração e a sede da alma - a pérola mais preciosa. Estes buscam o Reino incessantemente, trabalham e afadigam-se por ele e não descansam até achá-lo.
Depois de terem empregado todas as suas forças, encontram finalmente o Reino dos Céus e entregam tudo o que possuem por causa dele.
O que há em comum entre os que encontram o Reino nas encruzilhadas da vida e os que empregam todos os seus esforços para encontrá-lo? É que, quando encontram o Reino dos Céus, fazem a mesma coisa: vão, vendem todos os seus bens e compram o campo onde está o tesouro ou a própria pérola.
Mas podem todos os bens de uma pessoa comprar o Reino dos Céus? Mesmo que dê a própria vida, isso não lhe seria possível. Em Jesus Cristo, porém, tudo o somos e temos adquire valor de eternidade. Se nos entregarmos inteiramente a Ele, tornando-nos Seus discípulos, sem nada reservar para nós mesmos,  então poderemos entrar na posse do Reino que Ele adquiriu para nós com o Seu Sangue derramado na Cruz.
Foi isso o que fez Santa Rosa de Lima, que hoje festejamos.
***

Do Evangelho Quotidiano:


Isabel Flores y de Oliva era o nome de baptismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhois, que se haviam mudado para a rica colônia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!
Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.
Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exatamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.

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