X Domingo do Tempo Comum
I Rs 17, 17-24 e Lc 7, 11-17
No Antigo Testamento, Deus devolve a vida do filho único da viúva, mas é preciso, antes, que Elias, o profeta, clame e suplique e leve o menino morto à presença do Senhor, para que este se compadeça da dor da mãe.
No Novo Testamento, porém, ninguém clama, ninguém suplica. É o próprio Deus que vem ao encontro da dor de outra viúva, outra mãe de um filho único, agora morto. Porque é o Senhor quem vê a humanidade morta, incapaz de produzir fruto de eternidade, e sente compaixão. Não precisa de nenhum clamor ou súplica, basta-Lhe ver as lágrimas, a dor, a morte. Porque, em Jesus Cristo, "Deus veio visitar o Seu Povo".
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Essa mulher, porém, poderia se chamar Maria... Ainda que a Senhora tenha muitos filhos, que lhe foram dados por seu Filho único na cruz, cada um, para ela, é como se fosse o único.
E quando algum desses filhos morre espiritualmente, afasta-se da Vida que lhe é oferecida pelo Senhor, ela o pranteia como se não tivesse outro.
Mas não se detém no pranto: faz passar o cortejo fúnebre pelo caminho onde deve passar o seu Filho Jesus, que tem o poder de ressuscitar os mortos. Ele, por sua vez, não precisa que ela lhe suplique; basta-lhe ver suas lágrimas para desejar consolá-la, restituindo à vida o filho que se perdera.
E Jesus devolve o filho, vivo, à Senhora. Não será ele, que estava morto, a cuidar dela. Pelo contrário, ela o tomará sob sua proteção, a fim de que nunca mais se perca e morra, mas receba a Vida imperecível e a felicidade sem fim no Reino de Deus.
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E essa mulher poderia se chamar Igreja...
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