terça-feira, 7 de abril de 2015

"O que devemos fazer?"

OITAVA DA PÁSCOA, terça-feira
At 2,36-41 e Jo 20, 11-18


O apóstolo Pedro, em sua pregação no dia de Pentecostes, depois de haverem recebido o Espírito Santo, apresenta ao povo que o escuta o Messias que aguardavam, Jesus, a partir de sua Paixão, Morte e Ressurreição. Ele, pois, foi constituído por Deus como "Senhor e Cristo", Ele, Jesus, a quem os ouvintes de então, a quem nós, os ouvintes de hoje, crucificamos com os nossos pecados.
E somos os ouvintes de hoje porque a Igreja, nestes dois mil anos, jamais cessou de fazer ressoar a voz de Pedro, que clama: "que todo o povo (...) reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes".
O caminho que fizeram os ouvintes de então, façamos nós também, que somos os ouvintes de hoje: essas palavras, ressoando em nossos corações, sejam capazes de dar-nos a compunção necessária para perguntarmos à Igreja o que devemos fazer. E, ouvindo a resposta - "convertei-vos" - reconheçamo-nos pecadores, peçamos o perdão de Deus e, recebendo-o por meio da Igreja, sejamos inseridos na morte do Senhor para, com Ele, um dia ressuscitarmos.
O chamado à conversão nunca é, mesmo quando dirigido a uma multidão, um chamado coletivo. O Senhor nos chama pelo nome, a cada um de nós, como fez com Maria Madalena no jardim, quando ela, naquele domingo de Páscoa, procurava pelo cadáver de Jesus e, ao encontrá-lO ressuscitado, foi incapaz de reconhecê-lO, porque já não tinha mais uma existência sujeita à morte. Pelo contrário, vivia já na glória, em uma existência transfigurada, que Ele promete a cada um de nós que perseverar em Seu seguimento até o fim.
Quando o Senhor nos chama pelo nome, somos capazes de reconhecê-lo e de responder ao Seu convite pessoal à conversão. Qual será a nossa resposta?

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