Todos os dias são dias em que Deus manifesta o Seu Amor e as Suas maravilhas entre os homens. A misericórdia de Deus se derrama sobre nós a cada momento.
Não pode o ser humano ter a presunção de determinar a ação de Deus ou dar-lhe limites. O homem, sim, porque é um ser contingente, precisa de tempo, ritmos, limites e regras.
Não foi por outro motivo que o Senhor, no tempo de Moisés, havia prescrito os dias de semana para o trabalho e o sábado para o descanso e para a adoração e o louvor de Deus: deve haver um tempo para cada coisa na vida humana, a fim de que o homem possa viver bem, com equilíbrio.
Mas se a prescrição de Moisés era ainda válida, no tempo de Jesus (tanto quanto é até hoje para os cristãos a prescrição do domingo), não por isso dever-se-ia esperar passar o sábado para manifestar-se o Amor e a Misericórdia divinas. O Filho do Homem, Jesus Cristo, é Senhor do sábado, como diria em outra ocasião.
Jesus não tira o valor e a importância do sábado (que, para os cristãos, passa a ser o domingo, por causa da ressurreição do Senhor). O que Ele condena é o ritualismo daqueles homens, que colocam a observância do sábado acima da compaixão humana e do amor ao próximo, do socorro às necessidades dos demais.
Não é possível deixar desatendido o irmão que bate à nossa porta em nome de um suposto amor a Deus que é, muito mais, um atender de nossa própria conveniência.
Jesus se identifica com aqueles que veio salvar (nós, os homens e as mulheres da terra). Por isso, a atitude que tivermos em relação ao outro, teremos em relação a Ele mesmo ("cada vez que o fizestes a um destes... a Mim o fizestes", "todas as vezes que o deixastes de fazer..., foi a Mim que o deixastes de fazer", cf. Mt 26, 40.45) e dará autenticidade ao nosso culto a Deus e à observância do domingo, o Dia do Senhor.
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