II Semana do Tempo da Quaresma, sexta-feira
Mt 21, 33-43.45-46
De modo mais imediato, Jesus se refere aos sacerdotes e mestres da lei do antigo Povo de Israel, o Povo da Antiga Aliança. Eles não souberam cultivar a vinha do Senhor, isto é, fazer com que o Povo de Israel, vinha eleita de Deus, produzisse os frutos desejados por Ele. Por isso, aos sacerdotes e mestres da lei é tirado o Reino e entregue ao novo Povo de Deus, a Igreja, para que esse produza os frutos esperados pelo Senhor.
Jesus relata, inicialmente, o cuidado e a ternura com que Deus preparou a Sua vinha. Podemos aplicar isso, sim, à Igreja, mas também a cada um de nós, cuja vida é preparada e encaminhada por Deus de tal forma que possamos encontrá-lO, conhecê-lO, amá-lO e decidirmo-nos a servi-lO, entregando-Lhe toda a nossa vida. Todas as circunstâncias de nossas vidas, todas as alegrias e todas as dores - tudo é útil, tudo é uma oportunidade única para reconhecermos a mão amorosa de Deus que nos acompanha e quer levar-nos ao Seu Reino para dar-nos a felicidade perfeita, completa.
Mas, se da parte de Deus nada falta, precisamos nos perguntar se estamos, por nosso lado, fazendo tudo o que nos corresponde para produzir os frutos que o Pai espera e deseja de nós. Pois a Igreja, Esposa imaculada de Cristo, sempre produz os frutos desejados pelo Senhor; nós, porém, membros dessa mesma Igreja, nem sempre fazemos o que nos cabe. Muitas vezes, quando o Senhor vem buscar os frutos de Sua vinha (pois, afinal, a vinha é dEle, não nossa), enviando aqueles que colocou à frente de Seu Povo como pastores (os sacerdotes, os bispos, o Papa), nós os rejeitamos, recusando-nos a ouvir o que a Igreja, por meio deles, nos diz.
"Hoje, quando ouvirdes a Sua Voz, não fecheis o vosso coração", diz o Salmo 94, tão presente neste Tempo de Quaresma. O Senhor virá buscar os frutos de Sua vinha. Vivamos de tal modo que não tenhamos de ouvir de Sua boca: "o Reino de Deus vos será tirado".
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