domingo, 11 de setembro de 2011

XXIV Domingo do Tempo Comum - Mt 18, 21-35

"... um Rei que resolveu acertas as contas com seus empregados"


Que grande a misericórdia e a bondade desse Rei, que não castiga ou repreende seus empregados mesmo quando não Lhe obedecem e que lhes empresta grandes quantias e ainda perdoa suas dívidas quando não Lhe pagam, ao invés de fazer justiça!
Cada um de nós é esse empregado que tem para com o Rei uma dívida imensa, impagável. Porque dEle recebemos tudo: a vida, as qualidades, as capacidades, os bens materiais e espirituais, o chamado à santidade, a Redenção no sangue de Seu Filho e a herança eterna no Reino dos Céus. "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores" (Sl 102(103))!
Mesmo quando Lhe desobedecemos e somos ingratos, o Rei está sempre pronto a nos perdoar. E prefere fazê-lo porque sabe que não temos como pagar a dívida. Se nos cobrar, terá de vender-nos como escravos ou entregar-nos aos torturadores, ou seja, terá de excluir-nos de Seu Amor.
Porque o Rei nos concede dons de amor (e amor infinito!) e essa é a nossa dívida; não podemos pagá-la senão amando-O em retribuição. E o amor não pode ser cobrado, pois só se pode amar em liberdade! Aquele, portanto, que é cobrado, já não ama e nem quer amar, por isso exclui-se a si mesmo do Amor. Não é isso o que o Rei deseja! Ele quer tratar-nos como filhos amados, não como empregados a Seu serviço!
O servo mau da parábola julgou-se dono dos dons do Amor e foi incapaz de compreender que nada do que tinha lhe pertencia; antes, recebera-o do Amor. Não façamos como ele; compreendamos que nada temos que não tenhamos recebido de Deus. Somos devedores do Amor e no amor devemos retribuir-Lhe, amando-O sobre todas as coisas e amando a todos os que Ele ama.
De outro modo, não será o Rei quem nos condenará; seremos nós a excluir-nos de Seu Amor, para sempre.

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