segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

V Semana do Tempo Comum - Mc 6, 53-56

Busquemos o Senhor e procuremos reconhecê-lO, sempre que Ele desembarcar na praia de nossa vida. Se O reconhecermos à Sua chegada, poderemos tocar na barra de Sua veste e ficaremos, nós também, curados de nossos males e aflições.
O Senhor não nos livrará dos tormentos desta vida, mas ensinar-nos-á a sermos felizes mesmo em meio a eles. Porque só Jesus Cristo pode nos dar a paz e a felicidade que nunca terminam e que não dependem das circunstâncias.
Jesus há de curar nossas almas e nossos corações e também não se negará a curar nossos corpos e mentes, sempre que isso for necessário e importante para podermos entrar em Seu Reino. Basta que o procuremos e Ele se deixará reconhecer, para O tocarmos e também ficarmos curados.

Santo Agostinho (354-430)
Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja - Sermão 306, passim

"Todos os homens querem ser felizes; não há ninguém que não o queira, e com tanta intensidade que o deseja acima de tudo. Melhor ainda: tudo o que querem para além disso, querem-no para isso. Os homens perseguem paixões diferentes, um esta, outro aquela; também existem muitas maneiras de ganhar a vida neste mundo: cada um escolhe a sua profissão e exerce-a. Mas quer adotem este ou aquele gênero de vida, todos os homens agem nesta vida para serem felizes. [...] O que há então nesta vida capaz de nos fazer felizes, que todos desejam, mas que nem todos alcançam? Procuremo-lo. [...]
Se eu perguntar a alguém: «Queres viver?», ninguém se sentiria tentado a responder-me: «Não quero». [...] Do mesmo modo, se eu perguntar: «Queres ser saudável?», ninguém me responderá: «Não quero». A saúde é um bem precioso aos olhos do rico e, para o pobre, ela é muitas vezes o único bem que ele possui. [...] Todos concordam no amor pela vida e pela saúde. Ora quando o homem desfruta da vida e é saudável, poderá contentar-se com isso? [...]
Um homem rico perguntou ao Senhor: «Mestre, que devo fazer para ter a vida eterna?» (Mc 10, 17) Ele temia morrer e era forçado a morrer. [...] Ele sabia que uma vida de dor e de tormentos não é vida, e que se lhe deveria antes dar o nome de morte. [...] Apenas a vida eterna pode ser feliz. A saúde e a vida neste mundo não a garantem, tememos demasiado perdê-las: chamai a isto «temer sempre» e não «viver sempre». [...] Se a nossa vida não é eterna, se não satisfaz eternamente os nossos desejos, não pode ser feliz, nem sequer é vida. [...] Quando entrarmos nessa vida, teremos a certeza de aí ficar para sempre. Teremos a certeza de possuir eternamente a verdadeira vida sem qualquer temor, pois encontrar-nos-emos naquele Reino sobre o qual se diz: «E o Seu reino não terá fim» (Lc 1, 33)."

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