quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

V Semana do Tempo Comum - Mc 7, 14-23

“O que sai do homem, isso é o que o torna impuro”
As ações humanas, boas ou más, não são senão a consequência da bondade ou da maldade já presente na própria pessoa, em sua alma e em seu coração.
Na época de Jesus, os judeus entendiam que se tornava impuro diante de Deus quem, por exemplo, comesse certos alimentos ou tocasse em um cadáver ou não lavasse as mãos antes de comer, entre muitas outras coisas.
O Senhor quer colocar em um plano secundário este ritualismo, pois Deus vê o coração do homem, seus afetos e desejos, suas intenções.
Torna-se impuro aquele que se vai deixando corromper, dia após dia, pelos apegos de seu coração às coisas más, àquilo que não encontra respaldo na Palavra de Deus, em Sua Vontade amorosa a seu (nosso) respeito.
Purifica-se, dia após dia, e torna-se puro e limpo diante de Deus aquele que busca desapegar-se de si, de seus caprichos e das coisas más que se lhe apresentam todos os dias, para buscar somente a Deus e à Sua Vontade.
E não é preciso que essas coisas às quais nos apegamos ou desapegamos (tanto boas quanto más) sejam grandes. Porque a pureza e a impureza que fazem o santo e o pecador são alicerçadas, ambas, nas pequenas coisas de cada dia. Nelas manifesta-se para nós, todos os dias, a Vontade santíssima do Senhor, que podemos abraçar ou rejeitar.
Pois amar a Deus, querer somente a Ele e buscar unicamente o que é da Sua Vontade é uma decisão que se renova diariamente e que se fundamenta naquilo que de fato vivemos, nas situações mais simples e corriqueiras da vida.

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