Tiago e João, discípulos muito zelosos de seu Mestre, ao verem-nO rejeitado (e por samaritanos, a quem os judeus consideravam impuros e inferiores), quiseram castigar aquele povo.
É possível que estivessem ainda deslumbrados com o poder de curar os doentes, expulsar os demônios e fazer milagres que o Senhor lhes dera para apoiar sua pregação, quando os enviara, dois a dois, pelos povoados onde habitavam os filhos de Israel.
Foi uma reação muito humana, até compreensível, mas demonstra que Tiago e João não haviam ainda compreendido os ensinamentos e as atitudes de Jesus a respeito do amor – amar até mesmo os inimigos, fazer o bem aos que nos querem e fazem mal, orar pelos que nos perseguem para sermos filhos do nosso Pai que está no Céu, que faz brilhar o sol sobre bons e maus, justos e injustos (cf. Mt 5, 43-48).
Por isso é que Jesus os repreende e não lhes permite fazer mal aos samaritanos que Lhe recusam hospedagem (era falta grave fazer isso naquele tempo, pois o hóspede era considerado sagrado).
Podemos hoje aplicar esta passagem para nós, em dois sentidos:
- quantas vezes, como aqueles samaritanos, não demos abrigo ao Senhor, que passava por nossas vidas e pedia um lugar em nosso coração?
- por outro lado, quantas vezes quisemos retribuir com o mal, ao mal que nos fizeram, como Tiago e João, que não souberam amar como Jesus amou e ensinou?
Que este Evangelho nos ensine, então, a rever nossas atitudes de amor para com Deus e para com o próximo.
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