Quando Jesus fala do grão de trigo, pensamos sempre que se refere a Si mesmo, pois Ele é, por excelência, o grão de trigo que morre – na Cruz – e produz muito fruto – fruto de Vida eterna, a Redenção dos homens.
Logo em seguida, porém, vemos que o Senhor deseja que apliquemos esta comparação também a nós. Pois dá uma regra aos discípulos: o apego a esta vida, aos bens, ao mundo, faz perder a vida eu realmente importa, a Vida eterna. O desapego desta vida, ou seja, o uso da vida e das coisas presentes para servir a Deus antes que a si mesmo, isso é o que faz ganhar a verdadeira Vida.
Seguir Jesus, servi-lO, é isto: fazer o que Ele fez. E o que Jesus fez? Desapegou-se de Si mesmo (cf. Fl 2, 2-11), fez-Se homem, tomou a Sua Cruz, morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.
Se alguém, pois, quer servir ao Senhor, vai segui-lO até a Cruz. E o Pai, que honrou o Filho colocando todas as coisas debaixo de Seus pés (cf. 1Cor 15,27-28), honrará também o Seu discípulo. Pois, "se com Ele morremos, com Ele viveremos" (cfe. 2Tm 2, 11-12) a Vida eterna.
(do site http://www.evangelhoquotidiano.org)
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 305
Sermão 305
«Onde Eu estiver, aí estará também o Meu servo»
A vossa fé reconhece, meus irmãos, este grão lançado à terra, este grão que a morte multiplicou. A vossa fé reconhece-O porque Ele habita nos vossos corações. Nenhum cristão hesita em crer no que Cristo disse acerca de Si próprio. Mas, uma vez que este grão morreu e se multiplicou, muitos outros grãos foram lançados à terra. São Lourenço é um deles, e celebramos hoje o dia em que ele foi semeado. Vemos que colheita imensa despontou de todos estes grãos espalhados por toda a terra, e este espectáculo enche-nos de alegria, pelo menos a nós os que, pela graça de Deus, pertencemos ao seu celeiro.
Porque nem toda a colheita entra no celeiro: a mesma chuva, útil e fértil, faz crescer o bom grão e a palha, mas não se armazenam os dois no celeiro. Para nós, agora é o tempo de escolher. [...] Portanto, ouvi, grãos consagrados, porque não duvido de que estejais aqui em grande número. [...] Ouvi-me, ou antes, ouvi em mim Aquele a Quem primeiro se chamou bom grão. Não ameis a vossa vida neste mundo. Se amais realmente a vossa vida, não ameis a vida deste mundo, e então salvareis a vossa vida [...] «O que ama a sua vida neste mundo perdê-la-á.» É o bom grão que o diz, o grão que foi lançado à terra e que morreu para dar muito fruto. Ouvi-O, porque Ele faz o que diz. Ele instrui-nos e mostra-nos o caminho através do Seu exemplo.
Cristo não Se prendeu à vida deste mundo; Ele veio ao mundo para Se despojar de Si próprio, para dar a Sua vida e a retomar quando quisesse. [...] Ele é o verdadeiro Deus, este homem verdadeiro, homem sem pecado que veio tirar o pecado do mundo, revestido de um poder tão grande, que pôde dizer verdadeiramente sobre a Sua vida: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de Meu Pai» (Jo 10, 18).
Porque nem toda a colheita entra no celeiro: a mesma chuva, útil e fértil, faz crescer o bom grão e a palha, mas não se armazenam os dois no celeiro. Para nós, agora é o tempo de escolher. [...] Portanto, ouvi, grãos consagrados, porque não duvido de que estejais aqui em grande número. [...] Ouvi-me, ou antes, ouvi em mim Aquele a Quem primeiro se chamou bom grão. Não ameis a vossa vida neste mundo. Se amais realmente a vossa vida, não ameis a vida deste mundo, e então salvareis a vossa vida [...] «O que ama a sua vida neste mundo perdê-la-á.» É o bom grão que o diz, o grão que foi lançado à terra e que morreu para dar muito fruto. Ouvi-O, porque Ele faz o que diz. Ele instrui-nos e mostra-nos o caminho através do Seu exemplo.
Cristo não Se prendeu à vida deste mundo; Ele veio ao mundo para Se despojar de Si próprio, para dar a Sua vida e a retomar quando quisesse. [...] Ele é o verdadeiro Deus, este homem verdadeiro, homem sem pecado que veio tirar o pecado do mundo, revestido de um poder tão grande, que pôde dizer verdadeiramente sobre a Sua vida: «Ninguém Ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de Meu Pai» (Jo 10, 18).
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