segunda-feira, 30 de agosto de 2010

XXII Semana do Tempo Comum – Lc 4, 16-30

O evangelista Lucas conta-nos que Jesus tinha o costume de fazer a leitura na sinagoga, o que era permitido a todo judeu adulto. Naquele dia, usando um trecho do livro do profeta Isaías, Jesus proclama ao povo de Nazaré a Sua missão, o motivo pelo qual veio a este mundo: "... proclamar um ano da graça do Senhor", o tempo favorável da nossa salvação.

Mas aquele povo não fora à sinagoga movido pelo desejo de conhecer os desígnios de Deus e melhor servi-lO, para saber da missão de Jesus, do que Ele nos tinha a oferecer e do que esperava de nós. Seu interesse era meramente terreno. Estavam curiosos: haviam escutado sobre os milagres do Senhor e pensavam, de forma interesseira, em usá-lO para resolver seus problema e necessidades mais imediatos.

Não era a Deus que queriam e esperavam, mas uma espécie de mágico a seu serviço. Não queriam ouvir falar de conversão ou mudança de vida, não queriam conhecer ou cumprir a Vontade de Deus. Antes, esperavam que Deus os viesse servir.

Quando Jesus lhes apontou essa má disposição do coração e deixa claro que não servirá a seus propósitos maus e fúteis, levantaram-se contra Ele, expulsaram-nO e tentaram matá-lO.

Não é o que acontece muitas vezes conosco, quando não somos imediatamente atendidos nos que pedimos ao Senhor? E já nos ocorreu, nesses momentos, que nossos pedidos podem não ser conforme à Vontade de Deus? Queremos, porém, que Ele nos sirva, não nós a Ele (como deve ser). Quando isso não acontece, nós expulsamos a Deus de nossas vidas, recusamo-nos a servi-lO e segui-lO, buscamos livrar-nos dEle.

Tal como naquele dia em Nazaré, porém, Jesus segue Seu caminho, pois Ele é Deus e Senhor. E se nós não O seguimos, são as nossas vidas que permanecem fúteis e vazias.

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