O convite do Senhor – "ide também vós para a minha vinha" – é inteiramente gratuito e dirigido a todos – todos os homens de todos os lugares e de todos os tempos. Os que aceitam o convite têm por pagamento o Céu, a vida imperecível e a felicidade sem fim junto de Deus.
E esse chamado de Deus para trabalhar em Sua vinha pode chegar a qualquer tempo. Pois Jesus conta, na parábola, que o patrão – isto é, Deus – saiu várias vezes para chamar e contratar trabalhadores: de madrugada, às 9h da manhã, ao meio-dia, às 3h da tarde e, por fim, às 5h da tarde, quando já estava próximo o anoitecer. Em nossas vidas, portanto, Deus não cessará de chamar-nos a trabalhar pelo Seu Reino, desde o seu início até o seu fim. Deus nos chama quando somos crianças, jovens, adultos e, inclusive, quando chegamos à velhice. Sempre é tempo de dar-Lhe uma resposta positiva. Nunca é tarde, qualquer que seja a nossa situação particular, para aceitarmos o Seu chamado e trabalharmos pelo Reino de Deus. Mesmo alguém que está doente, em um leito de hospital, pode trabalhar e dar frutos de vida eterna para a vinha do Senhor.
Prova disso é o ladrão arrependido (Lc 23, 39-43), que aceitou o convite para trabalhar na vinha quando já estava crucificado ao lado de Jesus, pagando por seus crimes e morrendo. E, mesmo assim, recebeu do Senhor a garantia da recompensa: "Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso".
Ainda que o convite seja aceito no ocaso da vida, quando parece que o trabalho já não pode dar frutos, o que o Senhor espera é um coração generoso e bem disposto e o desejo de dar a vida pelo Reino. Pois é Deus quem faz frutificar o trabalho que fazemos. O conceito de "produtividade" do Senhor é bem diferente do nosso – para Ele, ninguém é inútil ou improdutivo, pois todos são capazes de amar. E os frutos do Reino são frutos de amor.
A recompensa que espera a todos os trabalhadores da vinha do Senhor é a mesma – o Céu. E não importa o tempo trabalhado, pois o prêmio virá na proporção do amor com que se trabalhou.
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