Jesus manda que os discípulos sigam para o outro lado do mar, enquanto Ele fica a sós com o Pai, no monte, em oração, até muito tarde. Enquanto isso, a noite chega, o vento começa a soprar contra a barca e esta é agitada pelas ondas. E os discípulos lutam sozinhos, na escuridão, contra o vento e as ondas.
Não é assim que acontece conosco? Não é assim com a Igreja inteira, em tantos séculos de história? Jesus parece ter ido embora - subiu ao Céu e está à direita do Pai - e nós lutamos sozinhos as lutas de cada dia e sofremos, com a Igreja, a perseguição contínua.
No entanto, Ele está junto do Pai intercedendo por nós. E prometeu que estaria conosco "todos os dias, até o fim do mundo" (cfe. Mt 28,20). Por isso, deve-nos encher de confiança a palavra do Senhor para nós, hoje: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Porque Jesus é o Senhor de todo o universo. Tanto é assim, que o vento se acalmou logo que Ele subiu na barca, com Pedro.
Confiemos, pois, e não temamos. Ainda que o vento nos seja contrário e as ondas sacudam a barca, Ele virá ao nosso encontro. E, se estivermos com Pedro (hoje, para nós, Bento XVI) quando Jesus chegar, podemos ter a certeza de estarmos na barca que não se afundará, porque vento, ondas e "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (cfe. Mt 16, 18).
Nenhum comentário:
Postar um comentário