"Se não vos converterdes..."
A advertência de Jesus é para que não tomemos, de forma equivocada, certos fatos da vida natural como sinais de predileção ou de castigo divinos, tanto para nós quanto para os demais.
Deus sabe porque permite ou promove os acontecimentos. Quanto a nós, não sabemos e não podemos pretender sondar os desígnios da Providência ou interpelar Suas razões.
E há sempre o mistério da liberdade humana – dom de Deus – que muitas vezes é usada para sobreporem-se os homens uns aos outros, promovendo eles mesmos a injustiça e o sofrimento a muitos.
Para além dessas coisas, que não podemos sequer começar a compreender, o que o Senhor pede e espera de nós é que O sigamos e demos frutos no Amor, por uma vida santa, dedicada a Deus e ao próximo.
Na história que Jesus conta no Evangelho, somos, cada um de nós, a figueira plantada na vinha de Deus Pai, que é o seu proprietário. A figueira teima em não dar frutos e o dono quer cortá-la, para plantar, em seu lugar, algo que produza frutos e não esgote a terra (isto é, que não desperdice a graça e os dons de Deus). Mas o vinhateiro, que é Jesus, pede ao dono (o Pai) um prazo para tratar da figueira. Se ainda assim não frutificar, então, sim, será cortada.
Aprendamos, pois, que a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor foram, juntamente com todos os dons e graças que Deus generosamente derrama todos os dias em nossas vidas, o tratamento dado à "figueira". O prazo que temos para dar frutos é esta vida, que vivemos na terra. Depois, se tivermos continuado a ser estéreis, sem dar frutos de Amor, Deus nos cortará de Seu Reino.
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