quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

IV Semana do Tempo Comum, quarta-feira – Mc 6, 1-6

E se escandalizavam por causa dele

O orgulho e a presunção humanos não admitem, muitas vezes, que alguém aparentemente comum, igual aos outros, se sobressaia de forma positiva.

É o que acontece com Jesus, que agora visita Nazaré, cidade onde fora criado, não mais como "o filho do carpinteiro", mas como o jovem profeta, conhecido em toda a Judeia e que prega a Boa Nova do Reino de Deus. Os nazarenos não podem entender como alguém que era tão comum e que saiu do meio deles agora ensina e realiza sinais e prodígios.

Por isso, ao invés de acolhê-lO de coração aberto e com fé, ouvir Seu ensinamento e crer em Sua Palavra, eles se escandalizam e rejeitam a Jesus.

E como os milagres do Senhor não são realizados de forma gratuita e espetacular, mas para acender nas pessoas a chama da fé (para que a cura do corpo venha em auxílio da cura da alma), Jesus não faz entre eles senão algumas poucas curas de doentes, como nos dá a entender o Evangelho. Pois os habitantes de Nazaré estavam empedernidos e obstinados e nenhum milagre seria suficiente para que cressem em Jesus.

Hoje, como então, Deus não entra em nossas vidas de forma espetacular ou triunfal, como nós, homens, gostamos de imaginar. Os sinais de Deus nos são dados na sutileza e na simplicidade; muitas vezes, talvez mais do que gostaríamos em nosso mundo tão cheio de ruídos, silenciosamente. Porque Deus se mostra nos detalhes e para vê-los precisamos de um coração aberto, capaz de silêncio e humilde.

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