VII Semana do Tempo Pascal, quarta-feira
Jo 17,11-19
O Senhor deseja a unidade e a pede ao Pai. A unidade dos cristãos (aqueles que creem em Jesus, Deus e Homem verdadeiro, o Senhor, o Verbo feito carne para a vida do mundo, que morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação, o Redentor do homem) não se dará como resultado de esforços humanos, frequentemente equivocados, frequentemente dispostos a abrir mão do essencial em função de uma coexistência - mais cordial do que pacífica - que está muito longe da unidade pela qual Nosso Senhor orou ao Pai tão ardentemente.
A unidade dos cristãos, se e quando vier, virá por graça de Deus. Só a Ele poderá ser tributada. Prova disso é a exemplaridade para a qual Jesus aponta em Sua oração e que será a concretude da unidade: "assim como NÓS somos um".
Se o critério da unidade dos cristãos é a unidade do Pai e do Filho, na qual há uma relação de Amor perfeita e uma perfeita e total identificação de vontades, então isso exige de nós, individual e comunitariamente, que busquemos identificar inteiramente a nossa vontade com a Vontade de Deus. Ou seja, consagrar-nos na verdade, como o Senhor pede em seguida ao Pai por nós, os Seus discípulos de todos os tempos.
E ainda que não esteja nas mãos de nenhum fiel em particular obter a tão desejada unidade, está, sim, sob a responsabilidade individual dos fieis buscar seriamente em sua própria vida a total correspondência à Vontade de Deus. Ou seja, o empenho sério e comprometido de lutar pela santidade pessoal, sem sentimentalismo, abraçando a cruz de cada dia, que é a cruz dos próprios defeitos e misérias; a cruz da obediência; a cruz da renúncia, do abandono dos próprios caprichos e da doação ao próximo na busca de seu verdadeiro Bem, que é o próprio Cristo Senhor.
Não haverá unidade dos cristãos, sob Pedro, na verdadeira Igreja de Cristo, se não houver santidade. Ou, ao menos, um grande empenho em lutar por ela, desde o mais humilde dos fieis até o Papa.
Lutar pela santidade é o que corresponde a cada um de nós, se amamos a Nosso Senhor e procuramos fazer o pouco que nos cabe para atender ao desejo de unidade. E também pedir muito a Deus por essa unidade, pois é só Ele que pode dá-la à Sua Igreja. No tempo oportuno, o Senhor nos dará a paz e a unidade, segundo o Seu desejo, que hoje vemos tão ardentemente manifesto em Sua oração sacerdotal.
Podemos ficar tranquilos, serenos e confiantes. A luta é grande e dura e é para toda a vida, mas o Senhor está conosco e roga por nós ao Pai, que nos guarda do maligno, o demônio, o inimigo infernal de nossas almas.
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